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- De quanto mais amor precisas?
Era sempre nenhum. Era sempre nada. Eram sempre as mesmas conversas. No mesmo sitio. A hora pouco importava. Era sempre o mesmo. Eles eram sempre os mesmos.
De tudo que alguma vez lhe podia dar. De tudo que ele nunca pedia. Das saudades que ficavam por sentir. Das palavras que ele deixava por dizer e dos beijos que ela lhe roubava.
Raramente se encontravam e tantas vezes estavam juntos. Não era ali. Não, ali não. Noutro lugar, naquele lugar desconhecido. Era quente e frio. E doce, as vezes amargo até. Melodioso. Sabiam cada recanto do outro. De si mesmos. Mal sabiam o mundo. Ela não sabia. Ele, ele tinha visto o Universo. Sozinho.
Tinham medo.Os dois, de igual forma tinha medo. E eram eles. Ali. Sempre nada. Sempre nenhum. Sempre sem alma.
- Do teu. Só do teu.